terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Manhã de Inverno...em Campo de Ourique.

Ao passearmos pelas ruas de Campo de Ourique vemos um bairro que borbulha de vida e de convívio. Agarre em si e passeie! Com ou sem um objectivo.




















It's so "SIMPLE", em Campo de Ourique.


Esta é uma boutique de bom gosto com roupa muuuuuito gira. Querem algo diferente e moderno? É na SIMPLE, na Rua Tomás da Anunciação!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Para quem gosta de Fotografia e de Pessoa

Até final de Abril, está em exibição uma exposição de fotografia de Pedro Cláudio na Casa Fernando Pessoa, sita na Rua Coelho da Rocha, 16-18, e que poderá ser vista de Segunda a Sábado, entre as 10h e as 18h.
"Pedro Cláudio concentrou-se na figura do exílio, que é a génese do poeta Ricardo Reis: um homem que se agarra ao conhecimento para se salvar e que descobre na poesia – esse saber que nasce das ruínas da cultura e da civilização – o caminho solitário da transcendência. Toda a poesia digna desse nome é um exílio, e Reis é a voz modulada, mansa, greco-romana do abissal exílio pessoano. Fernando Pessoa exportou para o Brasil este que foi o mais europeu e conservador dos seus poetas, acto só aparentemente irónico. Não há em parte alguma um céu inteiro, todo o sol esconde uma lua negra, e à pátria da língua nunca acabamos de aportar nem de escapar. Um exilado vive exactamente fora do tempo, isto é, fora de si – porque o eu, Freud explicou-o, é uma construção imaginária que se projecta sobre a realidade, e o exílio curto-circuita as projecções sincrónicas, potenciando a interrogação do eu sobre a sua própria identidade, isto é, fazendo-o implodir. É a essa implosão interna, intemporal, dilacerante e dilacerada que assistimos nas belíssimas imagens de Pedro Cláudio. Aqui nunca se trata de ilustrar as palavras de Reis, mas de as descarnar até à névoa de que são feitas, água de lágrimas. Pedro Cláudio cria o Ricardo Reis que a obra de Ricardo Reis oculta, mas não é apenas esse o seu génio; ele cria o Ricardo Reis que cada um de nós tem dentro de si. Fernando Pessoa nunca fez outra coisa. Por isso continua a dizer-nos tanto." Inês Pedrosa, Comunicado de Imprensa da Casa Fernando Pessoa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rés-Vés Campo de Ourique

Porque tudo tem uma origem, uma explicação...
A expressão "Rés-Vés Campo de Ourique" surge por causa do terramoto de 1755 que destruiu Lisboa até ao Bairro de Campo de Ourique, que nada sofreu. A expressão perdura até hoje, sendo utilizada amiúde.
Conclusão: Para além de ser o melhor bairro para viver pelas razões já apontadas, é o mais seguro :).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Campo de Ourique, Whatelse!

Vivendo em Campo de Ourique desde que nasci há...digamos que, um punhado de anos, não consigo imaginar melhor Bairro para viver em Lisboa e que me desculpem os restantes Bairros Lisboetas todos eles cheios de encantos.
Mas Campo de Ourique é diferente. Costumo dizer que se quiséssemos ser independentes, podíamos! Campo de Ourique tem tudo! É uma pequena cidade dentro desta nossa Lisboa.
O que mais me encanta é o sentido espírito de bairro que aqui se experimenta. O passear nas ruas e reconhecer algumas caras com quem me cruzo, esboçar-lhes um sorriso em jeito de cumprimento e receber outro de volta.
Encantam-me as lojas que vão resistindo ao tempo e que tornam estáveis as nossas memórias, provando que nem tudo desaparece. Continuamos com o Eduardo dos Livros e com a Livraria Ler, com os cafés Canas e A Tentadora que se vão inventando e renovando ao longo dos tempos, os Tecidos Vidal, o Mercado, a pastelaria Ertilas na R. Ferreira Borges, a Xurrex, a Rés-Vés, a retrosaria, a padaria...
Quem já cá vive há uns anos pode atestar que este Bairro não parou. Lembro-me da construção da Casa Fernando Pessoa, de quando havia uma loja de máquinas de costura da Singer na R. Ferreira Borges, de quando o café Lomar foi renovado...Lembro-me quando tínhamos duas bombas de gasolina na R. Correia Teles e um senhor nos enchia o depósito sem sairmos do carro; do tempo em que se gravava o Um, Dois, Três no Cinema Europa às quintas-feiras; da Compasso que tentou, tentou, mas não resistiu e é hoje uma loja de outra coisa qualquer; do Fotógrafo Paris na R. Domingos Sequeira onde tirei tantas fotos, inclusive as tipo-passe quando ainda era preciso foto e quando, até essas, eram tiradas por fotógrafo. E do Autocarro 9 ...e do 18!
Campo de Ourique é o Jardim da Parada e O Meu Café. É o eléctrico 28 com destino aos Prazeres ou à Graça. É o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo que como no meu aniversário desde que apareceu e que divulgo com orgulho.
E defeitos? Há?
Bom, qual Mãe que, não obstante amar o seu filho lhe sabe reconhecer os defeitos, o único senão de Campo de Ourique não é de carácter, nem de alma...apenas, e só, o estacionamento. Neste tópico, quem aqui vive aprende, infelizmente, que qualquer espaço é um belíssimo lugar de estacionamento e que a conservação dos nossos carros não é assim tão importante ao ponto de fazermos vista grossa a um espaço e não estacionarmos. Como eu costumo dizer, o meu carro tem alma de jipe em Campo de Ourique. Mas isto em nada abala o meu amor por este Bairro, porque só os defeitos da alma são relevantes. E esses, não lhe conheço.

The Beggining

"Não faças da tua vida um rascunho. Podes não ter tempo para passar a limpo.", Mário Quintana, poeta e jornalista brasileiro.